quarta-feira, 20 de junho de 2012

O lado não fabuloso da moda



O estilista, por exemplo, você acha que a vida dele deve ser maravilhosa, trampa quando ele quer, só quando tá perto das semanas de moda e blá blá blá… bom, um conhecido meu mandou avisar que é tipo RYSOS, né! Estilista se fode, passa noites em claro, tem a cobrança de fazer um desfile tão bom quanto o anterior, de se superar, de buscar referências novas e um monte de coisa que não vou saber dizer. Em proporções menores o mesmo acontece com a produção de moda. Sempre chegam estudantes de moda, meninas que AMAAAAAAMMMM moda, que só porque acham que um dia vestiram a prima cafona pra ir numa festa são muito estilosas querendo ser produtoras de moda.
Gente, vou falar uma coisa: vida de produtora não é fácil, não se iludam (tem que amar muito pra encarar!). Você vai ter que carregar sacola pesada, não ter vida social, começar foto cedo – às vezes sem pausa pra almoço – sem hora pra acabar, trocar sapato de modelo, ficar horas em pé, separar pilhas de roupas pra devolver… (ok, acabei falando um pouco da vida de produtora de moda). E Regina define isso de forma genial: “…ela com anel de brilhante, querendo fazer produção. Falei: Sabe o que é produção? É jogar água na cara da modelo, passar rodo, se ajoelhar no chão! Eu, com 50 anos, ainda me ajoelhava no chão…”. E é isso ai mesmo! Por isso, a moda é filha da puta, faz a gente criar uma ilusão que na prática é totalmente diferente. Mas o pior de tudo é que a gente é tipo mulher de malandro e mesmo a moda sendo uma filha da puta, uma safada e mentindo pra gente, ainda gostamos e não conseguimos viver sem ela.

Por Brisa Issa 

Love,
Me.

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